sexta-feira, 6 de setembro de 2019

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Refletindo sobre a votação do impeachment ontem, que, infelizmente, é a razão do meu cansaço físico e emocional de hoje e, felizmente, uma possibilidade de aprendizado sobre como as coisas funcionam, e, por consequência, de pensar como lutar contra elas.
É difícil ser honesto mesmo, todos sabem. Estamos permanentemente rodeados de pessoas que de tempos em tempos nos oferecem, de forma sutil ou não, uma chance acompanhada do preço de seus valores morais, éticos, tudo num pacote só.
Se queremos ser respeitados em nossas decisões de nos ofendermos com atitudes de pessoas desprovidas do caráter que esperamos que elas tenham, é absolutamente necessário não só que tenhamos escolhido um lado, mas que nos comportemos de acordo com ele: se você não gosta de corruptos você decide ser incorruptível, ainda que isso signifique que não terá uma boa quantia de dinheiro no Banco ou qualquer outra coisa que te coloque num lugar privilegiado.
A luta contra a corrupção começa com a luta contra suas ideias de que se o privilegiado for você, não haverá problema, porque o problema todo disso tudo está exatamente onde mora o individualismo: minha família, minha religião, meu neto, minha filha, meus menos impostos, e por aí vai.
Não sejam hipócritas aqueles que não querem ser desacreditados, nem se incluam na lista de corruptíveis se você levanta uma bandeira contra a corrupção!
A insegurança jurídica leva as vidas das pessoas, suas profissões e tudo de mais sagrado, com suor consquistado, numa cascata só de instabilidades. Você é, você tem e você pode tudo o que eu digo que você pode, porque o que interessa não é o que é justo, é o que meus interesses ditam, e é exatamente de acordo com estes que eu farei com que os fins justifiquem os meios, encaixando os argumentos da lei de acordo com o que eu já decidi e não com a Justiça.
Os fins não justificam os meios e a faxina se faz com panos limpos, sob pena de uma Nação perder-se em meio de uma sujeira cruzada e, quando menos se espera pela mídia corrupta e sórdida, vestida também de branco da paz, num cenário perfeito para que a tão jovem democracia seja entregue ao seu leito de morte.
À cada um o que é seu, doa a quem doer, ainda que a dor seja a sua, porque o que não é seu e você concorda que assim seja, retira da mesa, da saude, da esperança, da vida do seu irmão. E você não quer que a recíproca seja verdadeira, quer?

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

E agora, que a saudade foi embora e no peito se escondeu?
E agora que nada mais importa a não ser o verso meu,
Que se perdeu na liberdade de entristecer-se à vontade, devolvendo-lhe o que é seu?
E quando o mestre por ele escolhido ensina-lhe a esconder a maior virtude aos olhos dela? A luz se apaga. Ela se lembra do seu avô e de sua habilidade em encontrar os caminhos. De olhos vendados pela escuridão, guiada pelos seus dedos, procura uma saída.
Sabedora da mediocridade que me acomete,
Permitir-me expressar aqui, assim, desse jeito, faz do ato uma quase-tragédia.
De um lado, a pobreza infinita dos versos
pela ausência do que faz o poeta, um encantador.
De outro, a doce tentação da liberdade de dizer-ser, sem dever-ser.  

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

A amargura é ladra da sensibilidade; o medo e a covardia os pais dos grandes muros.
Os muros já estão muito altos: deles roubaram a sensibilidade, transformando-os em matéria de sangue seco;
Quanto à alteridade, dela nem nunca ouviram falar.
Os sinos serão a direção: quando os deles tocarem, sabe Deus.
Quanto aos meus, ouço-os distantes e cada vez mais altos, enquanto minhas águas salgam e renovam o espírito.
E eu espero enquanto os chamo,
E eu os assumo no plano, e eu os encaro na edificação,

Pois coragem é tudo o que não me falta mais, não mais.

domingo, 29 de setembro de 2013

O desejo da solidão, diante de um oceano que distancia, é fruto da certeza a quem se pertence, ciência inequívoca do que permanece;

Desejar a solidão quando a ausência é o que se pode ter, é aceitar, com contraditórios pesares e contentame
ntos, que ninguém preenche um vazio de nome próprio;

Doce solidão, seu destino é morrer nos braços seus.
Doce solidão, pois retornarás quando já és meu.
Desejosa desta minha solidão, pois és insubstituível, meu amor...


Mais uma para você, Breno Viotto Pedrosa...